Fiz um perfil no Twitter há um bom tempo atrás (não o suficiente para que pudesse ser no meu próprio nome). Sempre achei que fosse uma grande bobagem, coisa de gente que não tem o que fazer, um orkut com menos recursos.
Foi assim até as eleições no Irã, ano passado. O uso dessa ferramenta como instrumento de divulgação de uma causa foi um divisor de águas. Depois daquilo vi que haviam coisas que valiam o acesso.
Ainda tem mesmo muita gente que faz do twitter uma espécie de Big Brother sintetizado, tipo: "Vou almoçar", ou "Tô com dor de cabeça", ou "Fui ao Shopping"; nessa linha intimista prefiro os que são voltados mais ao pensamento do que à rotina pessoal. Com um pouco de paciência encontra-se também muita coisa boa e por incrível que pareça, conteúdo.
O fato de estar limitado a 140 caracteres favorece o estilo dos humoristas, que fazem das piadas curtas o que, pra mim, é o melhor do twitter. Os aforismos originais também são perfeitos pra isso, mas são raros de encontrar.
Além de fugir das bobagens, procuro evitar seguir os perfis onde, mesmo que o autor tenha o que dizer, limite-se a reproduzir os títulos dos posts em seus respectivos blogs, pra ler isso é muito mais vantagem um leitor de RSS. Tento seguir poucas pessoas, até para poder acompanhar o que dizem, assim como evito seguir quem faz muitos comentários (tweets), que acabam retirando rapidamente da página principal os comentários recentes dos demais.
Um recurso interessante é a busca através das "hashtags", que agrupam comentários sobre um determinado assunto; vem muito lixo junto mas dá pra peneirar opiniões sensatas.
O perigo do Twitter é o mesmo de outras redes sociais: o vício. A julgar pelo volume de comentários e pelos horários, muita gente não consegue mais ficar alguns dias ou horas sem consultar o que está sendo publicado.