terça-feira, 14 de abril de 2009

Pipoca e H2O

Há tempos minha relação com a semana santa é atribulada.
A cada ano esse feriado traz acontecimentos bons ou ruins em doses intensas e alternadas.
Em 2009 não teve romances, nem acidentes de carro, nem viagens; a adrenalina ficou por conta de um evento alheio ao blog.
No mais, a oportunidade de ver bons filmes, pipoca e H2O.

Valsa com Bashir
Animação israelense, em forma de documentário. Um filme forte, que tem passagens psicodélicas e delirantes, que narra as lembranças de um ex-soldado que esteve no massacre do exército libanês a palestinos em 1982. O cenário é a guerra (ou suas lembranças) mas fala de omissões e remorsos.
Aviso: não é um filme fácil, é necessário uma noção básica de história do oriente médio e paciência para a narrativa não linear.


Gran Torino
Clint Eastwood mostra (mais uma vez) como está em plena forma como diretor.
A história do velho americano preconceituoso e rabugento que fica viúvo e acaba conhecendo melhor os vizinhos asiáticos, tinha tudo ser piegas, mas o diretor ignora o maniqueísmo e faz um filme reto, com uma sensibilidade sutil, e uma abordagem simples e racional.
Um final surpreendente fecha aquela que ele chama de sua última atuação como ator. Menos mal, seus filmes recentes mostram que é um dos melhores diretores da atualidade


A Lenda do Pianista do Mar
Esse é um que eu queria ver e vinha deixando pra depois. O interesse surgiu pelo impacto da sua trilha sonora quando ouvi a versão de Yo-Yo Ma (Playing Love) e posteriormente a versão de Roger Waters (Lost Boys Calling) para um clássico de Ennio Morricone.
Garoto abandonado em navio é um gênio do piano e torna-se adulto sem nunca ter deixado o navio.
O filme de Giuseppe Tornatore é tocante, tem música e poesia por toda parte. Tão sublime quanto sua trilha sonora. Muito bom.


O Leitor
O filme que deu o Oscar a Kate Winslet.
A primeira parte é um romance entre um rapaz e uma mulher mais velha (lembra do verão de 42?) com direito a toda a sexualidade que a relação propicia.
À medida que desvenda-se o passado da personagem a história toma outro rumo e uma abordagem a um assunto mais abrangente, o Holocausto.
A atuação de Kate Winslet não é melhor que a sua interpretação no recente "Foi Apenas Um Sonho".