Não consigo para de pensar sobre o tempo.
O tempo passado. O tempo parado.
Não posso dominá-lo, não consigo aproveitá-lo. Passo o dia olhando o relógio, passo a semana olhando o calendário, passo o mês olhando o céu.
Cada dia vivido em si mesmo, sem vínculo com a véspera, e apenas um prenúncio do seguinte. Minutos passando como se fossem horas e semanas que cabem dentro de um dia.
Nesse descompasso entre o tempo real e o imaginário, um anda pra frente, o outro nem sempre.
Não vai haver apologia do Epitáfio. Qualquer que seja o destino dado ao tempo que temos, parece que perdemos o tempo que ainda nem chegou.