
Enya não conseguiu fazer outro cd que chegasse ao nível desse, que é de 1988. Os seguintes parecem paródias tentando imitar o original.
O carro chefe é a conhecida "Orinoco Flow", mas todas as faixas são ótimas.
"Exile", por exemplo, faz parte de umas das minhas cenas preferidas no cinema. Em "L.A. Story", quando Steve martin, circunspecto, pensa alto: "Porque é que a gente nem sempre reconhece o momento em que o amor começa, mas sempre sabe quando termina?"
Uma outra lembrança é de assistir um pôr de sol no rio Araguaia, vendo o rio passar e imaginando o som de "River", com o perdão do trocadilho.
Comprei esse cd (LP ainda) em '92, e a agulha do velho "3em1" sofreu, de um lado e de outro do disco. Costumava escutá-lo no quintal de casa, à noite, olhando o céu. Era uma mistura de angútia e paz, se é que isso é possível.
Nunca mais fui o mesmo depois de ouvir esse cd. Talvez tenha ficado ainda mais intimista, não sei... mas a primeira vez que ouvi Watermark fiquei estarrecido.
