quinta-feira, 12 de março de 2009

A Árvore e o Homem

"De gracejo em gracejo arrasta a alma ferida
Sem constância no amor dentro do coração,
Sente, crespa crescer a selva retorcida
Dos pensamentos maus, filhos da solidão.

Longos dias sem sol. Noites de eterno luto.
Alma cega, perdida à-toa no caminho,
Roto casco de nau desprezado no mar.
E árvore acabará sem nunca dar um fruto
E homem há de morrer como viveu:
Sozinho, sem ar, sem luz, sem Deus. Sem fé, sem pão, sem lar."
Olavo Bilac